O Grito dos
Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo. É um espaço de
animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades,
igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos(as).
O Grito
dos(as) Excluídos(as), como indica a própria expressão, constitui-se numa
mobilização com três sentidos:
- denunciar o modelo político e econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de pessoas à exclusão social;
- tornar público, nas ruas e praças, o rosto desfigurado dos grupos excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome;
- propor caminhos alternativos ao modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão social, com a participação ampla de todos os cidadãos.
O Grito se
define como um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de
setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente
exclusão social na sociedade brasileira. Não é um movimento nem uma campanha,
mas um espaço de participação livre e popular, em que os próprios excluídos,
junto com os movimentos e entidades que os defendem, trazem à luz o protesto
oculto nos esconderijos da sociedade e, ao mesmo tempo, o anseio por mudanças.
Neste ano, o
Grito coloca o Estado na questão central: "Queremos um Estado a serviço da
nação, que garanta direitos a toda população!”. O tema implica em dizer que a
relação entre estado e população deve ser mais saudável e deve haver também
mais crítica.
A iniciativa
deu origem a um processo que envolve o antes, o durante e o depois do dia da
Independência, quando acontecem diversas manifestações.
Outro
fato relevante este ano é que o tema do Grito se conjuga igualmente com o tema
da 5ª Semana Social Brasileira, prevista para acontecer em maio de 2013, mas
que já mobiliza ações em vários estados do país com o tema "Estado para
quê e para quem?”.
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