Já estamos às portas de mais um 07 de setembro – Independência do
Brasil - data esta em que, também,
celebramos o Grito dos Excluídos/as. Não poderia haver momento mais apropriado para
refletirmos sobre a soberania nacional, que é o eixo central das mobilizações
do Grito, que chama a atenção para a situação de violência que afeta,
sobretudo, as juventudes das periferias, bem como alerta para o poder que a
mídia exerce na manipulação da sociedade.
As principais características do Grito são a criatividade, a
metodologia e o protagonismo dos/as excluídos/as. É uma manifestação popular
repleta de simbolismo, de animação e de profecia, sempre aberta a todas as
pessoas, grupos, entidades, igrejas, movimentos sociais comprometidos com as
mesmas causas.
O grande tema de todos os gritos sempre foi: “A VIDA EM PRIMEIRO
LUGAR”. Os lemas variam de acordo com as realidades vivenciadas. Este ano o
lema é: “QUE PAÍS É ESTE QUE MATA GENTE, QUE A MÍDIA MENTE E NOS CONSOME”? Este
lema traz em si um tom de denúncia de uma estrutura que está matando seu povo.
Muitas/os de nós trazemos este grande questionamento: “QUE PAÍS É
ESTE...”? As respostas surgem de norte a sul, apresentando características
muito diversificadas, podendo ser vistas por vários prismas: social, étnico, de
gênero, etário.
Há um anseio de construir um Brasil diferente cujo grito é a fala de
quem não se deixa enganar por falsas promessas, de quem tem a certeza de que as
mudanças acontecerão com o povo em luta, ocupando praças e ruas por justiça,
direitos e liberdade.
Não deixemos que nos roubem a esperança, que nos tirem o profetismo
que a cada ano se torna mais forte e necessário.
“Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da
esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada igreja e, sobretudo,
são os que podem construir a civilização do amor”. (Papa Francisco, em carta enviada 11º ENPJ/
janeiro – 2015).
Campinas/
agosto/2015.
Ana Maria Bastos.
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