A FASFI sabe que se aproximar de
realidades e culturas diferentes nos despertam para uma atitude mais aberta e
disponível para o outro, seja em qual circunstância for.
Bernardete, nossa voluntária da vez,
levou na bagagem de ida para áfrica, seu sonho de solidariedade e trouxe de
volta sua marca que o tempo não vai apagar...
a gratuidade e o amor-serviço.
Conheça um pouco das histórias desta
voluntária, saboreie as imagens e junte-se a nós e venha realizar seu sonho
também!
VOLUNTARIADO INTERNACIONAL...A FASFI
TEM!
África-Moçambique-Pemba-Metoro
Escrever sobre minha experiência,
sobre as coisas que presenciei, vi, senti, é muito difícil. Este voluntariado
foi para mim, um conjunto de sentimentos, emoções, que só vivenciando é
possível sentir o que é trabalhar em prol dos mais desfavorecidos, e neste caso
em especial, na aldeia de Metoro, junto ás irmãs da Congregação Filhas de
Jesus.
Há muito tempo, tinha despertado em
mim, o desejo de fazer um trabalho na África. E como Deus escreve por linhas
tortas, esta oportunidade aconteceu num momento possível de minha vida.
Como tenho uma tia, Ir. Rita Albernaz
(101 anos), que é Filha de Jesus, visito-a sempre, tenho amizade e conhecimento
com todas irmãs da Casa de Nazaré. Numa dessas visitas, encontrei Ir.
Antonieta que tinha chegado de Metoro de férias e para tratamento médico. Antonieta,
uma pessoa maravilhosa,e de uma sensibilidade extraordinária. Conversando com
ela mostrei meu interesse e ela com toda sua simplicidade, convidou-me para
voltar com ela e realizar esse trabalho que eu tanto almejava.
Como obra de Deus, consegui em tempo
recorde (um mês) reorganizar toda minha estrutura familiar e também toda
burocracia para a concretização desse projeto(vistos, passagens, recursos
financeiros, autorização do consulado etc..).
Enfim, no dia 23 de abril de 2015,
partimos e fiquei hospedada 50 dias na casa da Missão Filhas de Jesus- FI. Fui
designada para ficar 03 dias na Pré- escola,com a Ir. Analia; e 02 dias na Saúde(Homeopatia e
Fitoterapia) com Ir. Antonieta.
Entusiasmada, fui fazendo o que me
pediam, como ir colaborando onde houvesse necessidade e urgência. Percebi que a
equipe na missão é pequena para tamanha demanda de tarefas:
- educação;
- saúde, (atendimento, plantio,
manutenção e preparo da medicação);
- no colégio;
- na formação vocacional;
- nos projetos, culturais,sociais
e espirituais;
- junto aos pais e mães ;
- na faculdade e
- na preparação de alimentos, merendas
( cozinha, faxinas, higiene em geral)
Foi um trabalho maravilhoso,
gratificante! Com os sorrisos, os olhares, a alegria e a humildade desse povo
senti-me recompensada. Uma recompensa
mais além, até por toda tensão e stress pré-viagem. Um reconhecimento imensurável
vindo de todos e de tudo.
Aproximando a data
de meu retorno ao Brasil, quis acompanhar o Pe. Fernando, pelo turno da manhã
em suas visitas às comunidades, porque assim, teria oportunidade a
conhecer novas aldeias, diferentes costumes. Foi uma grande opção para expandir
meus conhecimentos.
Padre Fernando, ia me dando uma aula
durante o trajeto, explicando minuciosamente tudo por onde passávamos, sobre a
vegetação, agricultura(machamba),costumes, sobre os vilarejos, e principalmente
as peculiaridades entre dois povos: os Makondes e os Makuas.
A alegria com que o Pe. Fernando era
recebido é um assunto à parte; corais infantis dando boas vindas(Karibu),
famílias com traje social, enfeites, turbantes, apresentação de danças regionais,
almoços solenes, etc...
Ele administrava todas as tarefas
sacerdotais, preparava e realizava todos os sacramentos.
Concluindo, quero agradecer todas as
irmãs da Congregação FI,(Ir Antonieta e Ir. Sílvia em especial), ao Bispo D.
Luis da Diocese de Pemba e todos outros/as que fizeram possível este
sonho.
Agradeço também a esse povo tão
sofrido, carente, mas em contra partida de uma alegria contagiante e uma
resignação em sua realidade.
Com respeito, carinho e amor.
Bernadete Albernaz
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